sexta-feira, 6 de maio de 2011

Capitulo III: Desventuras ao nascer do sol

Era cedo. Frank acabara de sair do trabalho.
Ele andava por uma das principais avenidas da cidade, e mesmo com a normalidade deste evento, ainda não havia percebido que todo dia via o nascer do sol.
Certamente Frank refletiu sobre o como a desventura e a necessidade de fazer as coisas o distraía, impedindo-o de ver que toda desventura aventura.
Ele ouvia “Time on my hands” interpretado por Sonny Rollins com o The Modern Jazz Quartet. E não somente o nome da canção, mas toda a percepção que aqueles sons causavam em Frank geraram bastante estranhamento, Por perceber onde estava, e como ia sua vida, mas ao mesmo tempo maravilhado, pois o nascer do sol tirava totalmente o tempo de sua mão, lembrou que estava rendido ao tempo e ao acaso, e sua vontade não era nada mais do que um impulso que o inseria no jogo.

Mas na verdade, Frank queria mesmo era chegar em casa, tirar uma sonequinha, e relaxar os pés doidos pela noite de trabalho. Até mesmo porque só teria três horas e meia de sono.

Um comentário:

  1. pelo menos essa vantagem em trabalhar num horário tão ingrato ele tem. ver o nascer do sol todos os dias.

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