terça-feira, 29 de maio de 2012

Utopia


Jesus pra mim é uma inspiração! É um Deus poético, desprovido da necessidade de ser verdade. Esperança é o que faz caminhar, e não algo que devemos esperar.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Capitulo IV: O profeta


          Tudo que é criado cria, pois tudo que é livre é e faz ser. O ser se faz e fabrica. Autonomamente tudo que dele sai por conseguinte se faz, desde que seja livre.
         Idea era livre, filho direto da liberdade. Ele também criava livremente. Porém, odiava a mentira tanto quanto nunca havia pensado em estar certo, pois é óbvio, ele não precisava disso. Não há necessidade na liberdade, tanto quanto não há razão no que diz ser conhecedor da verdade. Ideia nunca tinha ouvido a mentira, pois a verdade ainda não havia sindo inventada.
              Até que da liberdade do ser que se fez e a sinfonia iniciada por Som começou a se fazer de forma livre, desprovida de sentido, sozinha, se fez e continua a se fazer, talvez hoje não mais tão livre. Pois poucos escutam.
  Ideia caminhava, quando encontrou em seu caminho um perdido, ao que lhe perguntou carinhosamente:
- Nunca o vi antes, quem, ou o que, é você?
- Não sei ao certo – respondeu a estranha figura – Creio que me foi revelado quem sou, mas ainda não entendi.
- Interessante, nunca havia conversado com um semelhante antes – disse Ideia – Bom, me chamo Ideia, e eu existo.
- Existir, isso se chama palavra, não é mesmo? – indagou o estranho como se tivesse entendo algo, ao que respondeu Ideia.
- Sim, é uma palavra, as palavras tem sentidos, por isso as usamos para dizer coisas.
- Compreendo. Logo, se existir é uma palavra e palavras tem sentidos, deve haver um sentido em existir, não é?
- Nunca precisei pensar nisso – disse Ideia um tanto confuso – pois nunca achei necessário ter sentido para existir além do fato da palavra nos dizer que existirmos, pois Som não me disse sentido, apenas me deu as palavras.
- Quem é esse Som? – Perguntou o perdido.
- Não sei dizer. Creio que Som é quem ele for pra você. Temo que deva te devolver a pergunta.
- Eu não sei nem quem sou, tão pouco esse Som. Porém, eu acho que mesmo assim eu o ouço.
- Como?
- Oras, tenho ouvido, mas não sei se entendo o tom de sua música.
- Som nunca me disse um tom, apenas me ensinou a fazer notas para que eu possa também tocar – respondeu Ideia.
- Sim, pois também buscarei minhas notas. Porém, eu saberei as notas certas! Eu terei domínio sobre os significados e conhecerei o tom de Som. Não mais precisarei buscar, apenas responderei. Assim que descobrir todos os segredos que circundam os significados e as notas.
- Mas não creio que seja necessário todo esse esforço, que por sinal, me parece inútil - Ideia respondeu com afinco – pois Som espera apenas ser ouvido, percebido. Sem sentido! E, se for o caso, que toquemos também uma melodia. Não há necessidade de sentido. De razão.
- Pois para mim isso é muito pouco – respondeu o perdido, de forma arrogante - Eu não somente descobrirei o sentido, assim como os ensinarei a todos sobre o nome de verdade. De agora em diante me chamo profeta e direi não somente o significado do tom de Som, mas também como a melodia deve ser tocada.            
Ideia ficou assustado diante de seu novo companheiro. E aquele que poderia ser, talvez, seu grande amigo, ao ponto de criarem belas melodias, percebendo assim, a existência, passou a representar o medo da insensibilidade. Ideia percebeu que profeta daria trabalho, e que Som poderia não ser mais tão simplesmente escutado e percebido.

sábado, 5 de maio de 2012

Morra diabo


Morra diabo!
Não te quero mais em minha mente!
Morra demônio! fuja de ti a minha alma.
Não quero estar onde você me levou.

Morre diabo!
Não consigo fugir de ti.
Morra demônio! Que sonho maldito! Não consigo fugir.
Você me mostrou o inferno, e não quero mais estar aqui.

Em seus olhos vejo toda a natureza.
Conheci todas as suas virtudes.
Seus cabelos me lembram da luz.
E como você me ilumina!

Morra demônio! Não posso mais ver seu brilho!
Não quero mais acreditar no inferno!
E foi pra lá que você me levou.
Agora eu não tenho mais casa.