quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Amor Juvenil

Acredito no Som
Ao ponto de que me sinto
À vontade para odiá-lo
Intimidade
Por vezes
Não alcançada pelos religiosos
Que apenas o temem

As vezes o amo
Com aquele sentimento juvenil
Que se tem pelo primeiro amor
Nunca correspondido
E quando acho que me ama
Fico desconfiado
Não por desmerecimento
Mas como por suspeita de cilada
De ser amado por quem
Aparentemente
Nunca falou comigo

Às vezes o vento
Que seca meu suor
Já frio
Parece refrescar aquele sentimento
De esperança confusa
De que aquele olhar frio
Da minha enamorada
Signifique algo
Amor juvenil
Esquecido desde a infância
Inocente
Mas que por vezes vem a memória

Às vezes acho que era bom
Sentir aquilo
Impossível hoje em dia
Então o desprezo
Também confuso
Faz-me dar conta
De que não sei
Se ainda amo
Mas sei que não temo
Se houver alguma verdade
Sobre o que quer que seja
Ou tenha sido
 Essa relação agora fria
Mas que por vezes
Aquece meu espírito

Tenho memórias da primeira paixão
Recordo como hoje
O coração em calafrios
Isso já não tenho
Talvez nem seja mais possível
Mas não esqueço que
Talvez
Algum olhar
Mesmo que aparentemente frio
Possa ter
Ainda
Algum sentido

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Pelo Fim!

Todo riso me mostra dentes podres
Quando nem esperança faz sentido
E quando o espírito
Que é a união de tudo que nos faz vivo
Morre
Todo suspiro fede
E seu bafo terrível mata o já morto
Da alma infeliz de quem vive sem querer
Nada justifica o sofrimento
Nada justifica a vida
E ser parece apenas um castigo terrível
Imerecido
Ah! Quem me dera não ser
Quem me dera ser não ter que
A felicidade é tão burra que a sorte parece sorrir
E a é tão angústia tão subestimada
Que o belo perde toda graça
Pelo fim!
Pelo fim!