Ao ponto de que me
sinto
À vontade para odiá-lo
Intimidade
Por vezes
Não alcançada pelos religiosos
Que apenas o temem
As vezes o amo
Com aquele sentimento
juvenil
Que se tem pelo
primeiro amor
Nunca correspondido
E quando acho que me ama
Fico desconfiado
Não por desmerecimento
Mas como por suspeita
de cilada
De ser amado por quem
Aparentemente
Nunca falou comigo
Às vezes o vento
Que seca meu suor
Já frio
Parece refrescar
aquele sentimento
De esperança confusa
De que aquele olhar
frio
Da minha enamorada
Signifique algo
Amor juvenil
Esquecido desde a infância
Inocente
Mas que por vezes vem
a memória
Às vezes acho que era
bom
Sentir aquilo
Impossível hoje em dia
Então o desprezo
Também confuso
Faz-me dar conta
De que não sei
Se ainda amo
Mas sei que não temo
Se houver alguma
verdade
Sobre o que quer que
seja
Ou tenha sido
Essa relação agora
fria
Mas que por vezes
Aquece meu espírito
Tenho memórias da
primeira paixão
Recordo como hoje
O coração em calafrios
Isso já não tenho
Talvez nem seja mais
possível
Mas não esqueço que
Talvez
Algum olhar
Mesmo que
aparentemente frio
Possa ter
Ainda
Algum sentido
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