sexta-feira, 6 de junho de 2014

Alimento

Quero alimentar meu espírito
Para seguir vivo e com afinco
Quero abster-me da vontade violenta
E ser livre da necessidade de ser
Proponho a mim mesmo o sonho
De acordar e ver arvores vivas
Que não virem papeis onde deva escrever
Ciência tola que ningúém vai ver
Quero alcool em meu fígado
Pois é melhor que a necessidade de curar feridas
Usar a dor inata para o belo e a esperança
E a felicidade, a paz que não se vê
Para alimentar as fantasias de minha alma
Quero alimentar meu espirito
E mesmo sem vontade seguir
Para a negação e afirmação de todas as coisas

segunda-feira, 31 de março de 2014

Sublime Esperança

Nesse momento não sinto vibrando no ar a cor da esperança, Porém, ainda vivente, tento fazê-la vibrar no ritmo do batuque do coração. Ainda vivo, o Som que não sei se mais ouço, e tão pouco o que significa Impele-me a buscar nele a trágica e sublime esperança Sincera e perdida no apogeu da angustia do acaso e incerteza Na experiência e sabedoria que só do sofrimento o advento é possível No desejo de que as desventuras descontroladas preparam para o pior Que pela frente não se sabe o que e de onde vem Por pouco e suspiro que falta Das lagrimas presas na garganta seca Nos versos sem rima e não em forma de prosa Nas palavras simples e perdidas sem sentido Sem narrativa complexa e mesmo sem a beleza da poesia Esperança quero ter, enquanto bater o coração.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Louvor ao Derrotado

Ah, como é bom
Duvido de Jesus como a um amigo
Questiono Deus como de fato a um pai
Ah, liberdade
O rejeito como a um amor desejado
E me afasto sem medo da saudade
Olha esse amor!
Não tenho receio nem mesmo em odiá-lo!
Mas, aos escravos da suspeita razão
Aos pretensiosos à verdade
Que pena há entre esses
Que amedrontados não conhecem
A alegria que é não precisar ser
Pois livre de toda necessidade nos fez
O desconhecido e presente
Som que toca a todos
Principalmente aos ditos surdos
Pois o amor emanado na equivoca criação
Não julga nem pede nada
Ou apenas que a vontade não seja um rito
A certeza não exista
E o ser se desprenda
Como o fez aquele
Que decidiu perder tudo
Para que ninguém precisasse vencer.

sábado, 11 de janeiro de 2014

Queria

Queria ter fé
Queria acreditar
Queria sentir
Ou até mesmo querer ouvir
Mas não
Não resta nada
A não ser o nada que resta
Pois queria ter
E ter não mais tenho que
Pois não sinto o que sentia
E por fim
Findo é
O que
Talvez
Nunca foi
E se foi
Talvez
Não é mais
Mas eu queria
Queria ter fé
Queria sentir
E assim por diante