quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Perdido em si

Perdi-me de mim mesmo, lá dentro
Ao descortinar de algumas nuvens
O sol pareceu arder mais
Se colocando, então
Um pouco de representação da vontade
Achei-me a mim mesmo
Ainda redundante
Atolado, cheio de mim
Lá dentro, mas distante
Sempre esteve aqui
Mas relutante
Perdi-me e achei-me, ainda
Mais uma vez repleto de nada
Aceitando a realidade, mau criada
De que do que de mim basta
É tudo que se tem para ser
Mesmo sem sempre querer
Achei-me a mim mesmo
Encontrei o mesmo que nunca gostei
Sorriso seco e desesperado
Do peito estufado de pretenção de nada
Eu mesmo, enfim
Algo do que mais preciso e odeio
Para persistir e resistir por raiva
E de impulso vazio torcer a verdade posta
E criar, enfim, o caminho suave do nada
Marlon Ribeiro da Silva
#CanalMarlonismo
#Poesiamarlonista