domingo, 22 de abril de 2012

Que sol é esse?

O sol brilha pra quem?
Pra você?
Quem é você, que para ti brilha o sol?
Já olhou para quem está a sua volta?
O sol também brilha para eles?
Que sol é esse?

O sol brilha pra você?
Porque Você sorri tanto?
Existe motivo?
Vejo poucos!
O Sol brilha pra quem?

Quem canta a música certa?
O som está em todos os ouvidos?
Eu não ouço mais nada
Não me venha com suas alegrias!
Odeio a felicidade

Cante pra mim uma canção
Uma canção de amor
Mas não muito melosa
Cante uma canção de prazer
Mas daqueles sem sentido

Sentido não leva a nada
Como a falta dele
O que eu quero?
Nada! Como você.
Ou quero, querer, nada

Inferno!
Todo som brilha no vazio
Não vejo seu som
Não quero mais nada!
Mas ainda falta, falta você
Pelo menos hoje
Seja lá o que isso seja

domingo, 15 de abril de 2012

Resto


Perdi a poesia, mas não faz mal
O sofrimento nunca perde o sentido
Quando estava cantando
Ouviste a canção de meu espírito
Pelo pouco que respondeu
Pensei que seria eterno
Liberdade do espírito é como surdez
Que se adquire na infância
Não canto em seu ritmo
Ritmo eu nunca tive
Nem mesmo cantar eu sei
Mas suspiro mentiras
Quem pode dizer o que é certo?
Se sentir sempre parece falso
O riso não me faz sentido
Nem mesmo chorar
Mas pouco me resta

quinta-feira, 12 de abril de 2012

O belo e o gosto

Será que existem valores ontológicos do belo e do gosto possiveis de serem conhecidos pela natureza e pela razão, e definiveis a partir de principios objetivos? Eu não creio que existam valores ontológicos do belo, nem do gosto, creio que essas questões se definem pessoalmente, por afinidade. Porém, quais valores definem a afinidade pessoal? Ou seja, o gosto me parece ser mais uma questão do "ser em sí" de cada sugeito, e não meramente um constructo cultural. Mas como isso se dá? Existem valores objetivos sobre os gostos de cada sujeito? É possivel conhece-los? Como?