Nesse momento não sinto vibrando no ar a cor da esperança,
Porém, ainda vivente, tento fazê-la vibrar no ritmo do batuque do coração.
Ainda vivo, o Som que não sei se mais ouço, e tão pouco o que significa
Impele-me a buscar nele a trágica e sublime esperança
Sincera e perdida no apogeu da angustia do acaso e incerteza
Na experiência e sabedoria que só do sofrimento o advento é possível
No desejo de que as desventuras descontroladas preparam para o pior
Que pela frente não se sabe o que e de onde vem
Por pouco e suspiro que falta
Das lagrimas presas na garganta seca
Nos versos sem rima e não em forma de prosa
Nas palavras simples e perdidas sem sentido
Sem narrativa complexa e mesmo sem a beleza da poesia
Esperança quero ter, enquanto bater o coração.
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