quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Estrelas.

- Amar às vezes pode ser um erro.
- Quando?
- Imagine as estrelas, elas estão separadas, e o universo em expansão, o amor se torna burro quando as estrelas se aproximam e se chocam, e criam outra estrela, ou talvez, não sei, uma constelação.
- E o que faz dessas estrelas burras?
- O universo está em expansão, mas essas estrelas não resistem à vontade de estar perto, se aproximam, e só isso faz sentido pra elas, estar perto, talvez isso seja um problema para o universo.
- Então o amor é burro quando quer estar perto?
- Não assim tão simples. O amor é burro quando não sabe estar longe, mas isso não é uma culpa, é simplesmente o amor, e às vezes pode ser burro, às vezes ele é burro, pois ama, e só isso faz sentido para ele.
- Então o amor é burro quando só ele é o sentido?
- Quase isso. Ele é imbecil quando, além de ser a única coisa que faz sentido, não nega a atração, que o leva ao desejo de unir-se, o que é uma propriedade. Porém, isso se dá quando esse sentimento é único, suficiente. A paixão não é burra, desde que não minta sobre ser fútil, porém, o amor sincero pode ser a coisa mais imbecil do ser humano.
- O que fazer desse coração?
- Quando dois corações são compartilhados, como a estrela que não resiste ao amor, ou ele se realiza, ou sofre ao ponto de morrer, mesmo que viva, talvez não mais brilhe, pode virar paixão, e logo fugaz. Mas na bem da verdade, ela estrela depois que morre, talvez nunca mais ame, e certamente, a paixão não mais existe.
- O que fazer?
- Mesmo depois de morta, as estrelas nos presenteiam com seu brilho.

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