terça-feira, 20 de setembro de 2011

O Coração do Homem

Quantas vezes um homem pode chorar em um mês?
Quantos passos lentos deve dar em uma semana?
Como deve ser o procedimento de sua nostalgia?
Pode o homem ser, porém, acabar em si?
Dói seu coração, sua respiração não da conta de seus sentimentos.
Pode o homem amar completamente e se saciar em alguma outra coisa?
Nada completa um homem que o próprio ser ele não ama.
Conspira contra ele seus atos, e seus pensamentos o condena!
Pode ainda ser o homem que constrói e destrói a si mesmo?
Suas emoções são fracas, e seu organismo se retrai diante do tudo.
O homem que ama não pode fazer nada além de sofrer.
Pois não consegue esconder seu rosto diante da dor alheia.
Pode ser feliz um homem que vê?
Suas paixões nada significam diante do brilho das lagrimas desconhecidas.
O ser do homem que ama suspira pelo desconhecido, que nem mesmo sua imaginação cogita.
Pode ser o homem que ama? Quando tudo que ele espera é que nada seja?
Pois, se tirar do mundo a dor e o sofrimento, o que resta?
Dói o coração do homem que ama, pois não ignora o que está à sua volta.
Obscuro e misterioso é o coração do homem que chora, pois seus olhos não ignoram o que está a sua volta.

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